sábado, 13 de março de 2010

Mulher mas menina

Figura soturna,
bonita, cativa...
Da sombra nocturna
que teu corpo aviva!

À noite…Que sina,
que estranha loucura...
Mulher mas menina,
já ninguém te ensina,
que a vida, que é dura!...
- És linda e franzina,
és doce e cretina,
és raiva e doçura!

Teu olhar profundo,
teu jeito de andar!...
- Sou homem do mundo,
confesso no fundo,
«parei p’ra te amar»!
Parei um segundo,
parei p’ra ficar...

Mulher mas menina,
que luz cristalina,
em noite tão escura...
Mulher mas menina,
quem sabe é à esquina,
que mora a ternura?...
- Amar “à surdina”,
teu corpo traquina,
o tempo que dura...
- Tua voz fascina,
maldosa e “divina”,
suave e segura!...
- Seduz, ilumina,
apaga-te a sina,
de mulher madura!...

Na noite que é escura,
«na vida que é dura»,
ninguém “vaticina”...
- Que tu tens doçura!
És mulher madura,
“escondendo a menina”!