quarta-feira, 2 de junho de 2010

A Rosa

À noite faz “banga”,
vai pela Maianga,
vai linda e sózinha...
Em “busca das chetas”,
que o resto são tretas,
lá vai a Rosinha.
- Vai de botas pretas,
lá «vai à vidinha»!...

Assim maquilhada,
parece engraçada,
parece mais bela.
De “cara pintada”,
de “franja arranjada”,
«madeixas-canela».
Sobre o peito erguido,
um colar comprido,
de cor amarela...
- Que mulher bonita,
ninguém acredita,
que vem da “favela”!...

De saia travada,
blusa apertada,
de cinto e fivela.
Pela madrugada,
à beira da estrada,
lá vai, lá vai ela...
Que a vida é tramada,
que “ganha à noitada”,
no «Bar Cinderela»!

Que pela calada,
a Rosa é falada,
janela a janela!...
- Há gente “danada”,
de língua afiada,
que causa mazela.
Que «atira a pedrada»,
que não sabe nada,
que só “tem balela”!...

- Que a filha «entrevada»...
A Rosa coitada...
É quem cuida dela!!!