À noite, falei à lua,
fiquei a falar com ela,
na esquina da tua rua,
defronte à tua janela.
Pedi à luz do luar,
para ela te “segredar”,
te dizer que estava ali!...
- Como há “coisas divinas”,
logo por trás das cortinas,
«foi o teu rosto que vi».
Vi os teus braços “no ar”,
teus lábios a “encenar”,
um beijo, que “percebi”.
- Depois, fiquei a pensar…
No amor que tens p’ra dar…
Nos sonhos que te “aprendi”!...
Mas nestas “coisas de amar”,
há coisas que descobri:
- Quando te quiser falar…
«Quando te quiser falar,
basta-me à lua “apelar”,
que a lua chama por ti»!!!
(J.A.Afonso)