O vento soprou mais forte,
soprou-me a alma e levou,
levou-a de “sul a norte”,
minha alma foi mas voltou.
Voltou de novo até mim,
que estou aqui, sou presente,
que caminho para um fim,
que é o fim de toda a gente...
- Que sei que alma é assim,
«tem algo de resistente»!...
Minha alma foi ao passado,
“foi ao passado que eu sou”,
ficou por lá um bocado,
depois cansou-se e voltou!
Voltou de novo até mim,
que estou aqui neste escuro,
que caminho para um fim,
sem temer “saltar o muro”!...
O vento soprou mais forte,
soprou-me a alma e levou,
levou-a ao “sabor da sorte”,
«da sorte que lhe soprou»!...
- Só à “sentença de morte”,
minha alma se recusou...
“Soprada” voltou a alma,
veio até mim, pois voltou...
Voltou no “vento da calma”,
da alma que regressou!...
- Voltou de novo até mim,
que estou aqui e procuro,
um vento soprando assim,
«na alma do que é futuro».