sábado, 28 de novembro de 2009

Tantos anos depois

Tantos anos depois,
nós os dois,
frente a frente!...
Eu trago mais rugas,
cabelo grisalho,
como estou diferente!
Tu estás mais madura,
que a vida foi dura,
matou-te o sorriso,
assim lentamente...

Tantos anos depois,
nós os dois,
frente a frente!...
- Ninguém é culpado!
Ninguém inocente!...
Não há um «passado»,
que foi apagado,
que se faz ausente,
irónicamente...

No tempo presente...
Não há antes,
nem depois...
Porque nós os dois,
nos olhamos,
finalmente...
- Eu trago mais rugas,
cabelo grisalho,
como estou diferente!...
- Tu estás «mais madura»,
mas tens a ternura,
que te é inerente...

Tantos anos depois,
nós medimos os dois,
«mas o que é que se sente»???
- Se há calor, ou há frio,
ou se um arrepio,
«toca a alma da gente»...

- Agora que te sorrio!
Que tu sorris novamente!...